Divagando [01]: Vontade de fazer, insistência, inspiração e prêmios.
Enquanto trabalho aqui nas páginas dos meus quadrinhos, em algumas ilustrações e trabalhos esporádicos para a Folha de S.Paulo, eu penso, penso muito. Preparo mentalmente as palestras sobre ilustração e o mercado independente que vou ministrar ainda este mês no SENAC e no Colégio Sapiens, ambos aqui em Araraquara.
Por vezes, tenho muita vontade de fazer apenas o quero fazer. Muita mesmo! Mas é algo que não pode acontecer o tempo todo, certo? Isso é claro e nítido para mim, assim como acredito que deva ser para você. Entretanto, para fazer com apreço o que deseja, você terá que abdicar um pouquinho deste desejo, para assim poder concretizá-lo de fato.
Voltando aos quadrinhos e aos meus desenhos, entendo que a melhor obra que já produzi vai ser a que farei amanhã. Você pode até ter a sensação de que sou um eterno insatisfeito com o que faço mas garanto ser bem ao contrário. A circunstância da prática diária me faz crer que estou melhorando e, se estou no caminho do aprimoramento, o melhor ainda está por vir. Vale uma ressalva: isso se enquadra para mim mas como existem 7 bilhões de habitantes no planeta, deve valer também para alguns outros(as).
Resumindo todo o parágrafo anterior, o que quis dizer é que sou um insistente. Persevero até conseguir concretizar o meu trabalho e da melhor forma possível.
Uma das coisas que escuto e que respondo bastante é de onde vem minha inspiração. Sendo muito sincero, não acredito muito em inspiração, aquela como algo divino, que simplesmente invade meu campo imagético, surge na tela da minha mente e BOOM!, tenho uma história pronta. Muito das ideias dos meus 4 (quatro) quadrinhos publicados vieram de conhecimentos prévios, informações adquiridas, vivências, memórias, do dia a dia e principalmente, da observação. Sou um observador por natureza e esse é um fato que me auxilia muito. Acho que a chamada inspiração nunca me premiou.
E por usar o verbo "premiar", lembro que nunca recebi prêmio algum com os quadrinhos. Nunca ganhei um HQMIX, um Angelo Agostini, um Grampo de Ouro ou qualquer outro que haja. Somente fui indicado em algumas categorias, mas ser o escolhido e ganhar o trofeu, isso nunca aconteceu.
Penso que deva ser muito legal levar um prêmio. Figurativamente, é um reconhecimento público pelo seu trabalho. Quando comecei a fazer quadrinhos e fui indicado, fiquei bem contente. Tinha 38 anos. Depois disso, fui indicado por todas as história em quadrinhos que publiquei. Hoje tenho 42 e não sei dizer direito o que penso a respeito de uma premiação. Se algum dia vier a receber algum prêmio, acredito que a sensação de felicidade será sobrepujada por uma boa dose de otimismo.
Bom, como sou um persistente, vou voltar para os desenhos da minha nova HQ e fique a vontade para divagar em seus comentários. Com certeza serão respondidos.
Muito obrigado pela visita!
Um abraço,
Luciano Salles.
Resumindo todo o parágrafo anterior, o que quis dizer é que sou um insistente. Persevero até conseguir concretizar o meu trabalho e da melhor forma possível.
Uma das coisas que escuto e que respondo bastante é de onde vem minha inspiração. Sendo muito sincero, não acredito muito em inspiração, aquela como algo divino, que simplesmente invade meu campo imagético, surge na tela da minha mente e BOOM!, tenho uma história pronta. Muito das ideias dos meus 4 (quatro) quadrinhos publicados vieram de conhecimentos prévios, informações adquiridas, vivências, memórias, do dia a dia e principalmente, da observação. Sou um observador por natureza e esse é um fato que me auxilia muito. Acho que a chamada inspiração nunca me premiou.
E por usar o verbo "premiar", lembro que nunca recebi prêmio algum com os quadrinhos. Nunca ganhei um HQMIX, um Angelo Agostini, um Grampo de Ouro ou qualquer outro que haja. Somente fui indicado em algumas categorias, mas ser o escolhido e ganhar o trofeu, isso nunca aconteceu.
Penso que deva ser muito legal levar um prêmio. Figurativamente, é um reconhecimento público pelo seu trabalho. Quando comecei a fazer quadrinhos e fui indicado, fiquei bem contente. Tinha 38 anos. Depois disso, fui indicado por todas as história em quadrinhos que publiquei. Hoje tenho 42 e não sei dizer direito o que penso a respeito de uma premiação. Se algum dia vier a receber algum prêmio, acredito que a sensação de felicidade será sobrepujada por uma boa dose de otimismo.
Bom, como sou um persistente, vou voltar para os desenhos da minha nova HQ e fique a vontade para divagar em seus comentários. Com certeza serão respondidos.
Muito obrigado pela visita!
Um abraço,
Luciano Salles.